quinta-feira, 29 de março de 2012

Sobre Relacionar-se

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Dos relacionamentos que vc já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente vc foi modificado para melhor?

Será que vc é a lembrança doida na vida de alguém? Será que vc já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum?

Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas?

Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias

Quando você julga, você deixa de crescer. Julgamento significa um estado mental estagnado

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Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele
tinha um lindo cavalo branco...
Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:
- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se pode vender
uma pessoa, um amigo ?
O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo.
Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
A aldeia inteira se reuniu, e disseram:
- Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça !
O velho disse:
- Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir ?
As pessoas riram do velho.
Elas sempre souberam que ele era um pouco louco.
Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou.
Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, na verdade provou
ser uma benção.
O velho disse:
- Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de
volta... quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Você
lê uma única palavra de uma sentença - como pode julgar todo o livro ?
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que
ele estava errado.
Doze lindos cavalos tinham vindo...
O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram.
Elas disseram:
- Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o
uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está
mais pobre do que nunca.
O velho disse:
- Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas
que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou
uma benção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado.
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos
os jovens da aldeia foram forçados a se alistar.
Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fraturas.
A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta
perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.
Elas vieram ate o velho e disseram:
- Você tinha razão, velho - aquilo se revelou uma benção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre.
O velho disse:
- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe ! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não julgue, porque dessa maneira jamais se tornará uno com a totalidade. Você ficará obcecado com fragmentos, pulará para as conclusões a partir de coisas pequenas.
Quando você julga, você deixa de crescer. Julgamento significa um estado
mental estagnado. E a mente deseja julgar, porque estar em um processo é
sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao
fim. Um caminho termina e outro começa: uma porta se fecha, outra se abre.
Você atinge um pico, sempre existira um pico mais alto. Aqueles que não
julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e de nele
crescer... somente eles são capazes de caminhar com Deus.
(autor desconhecido)

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA

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Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
    Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.
    Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.
    Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.
    Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito.
    A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa.
    Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.
    Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
    Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
    Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação.
    Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?
    Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.
    Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!
    Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
    Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.
    Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
    Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.
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    Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente.
    Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas.
    Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça.
    Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão.
    Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério.
    Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante.
    A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena-se a si mesma.

Boa noite

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A GENTE SE ACOSTUMA

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Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. 
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.  


Marina Colassanti

Internet favorece ação de psicopatas

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Com o fácil acesso às mídias sociais, seja pelo computador ou pelo celular, a conexão entre o psicopata e a internet nunca foi tão próxima. Twitter, Facebook, Orkut e tantos outros sites de relacionamento conectam virtualmente até mesmo pessoas que não se conhecem, mas é exatamente neste ponto que mora o perigo, segundo o psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatra, Dr. Helio Laudar. “A internet favorece o engano em qualquer situação. É um mundo paralelo, distorcido da realidade, no qual o sujeito está livre para assumir qualquer identidade e escolher suas vítimas”, revela.

Em abril deste ano, o psicopata Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu a escola da qual era ex-aluno, no bairro de Realengo, Rio de Janeiro, e atirou contra alunos e professores, tornando-se o responsável pelo assassinato de 12 crianças. Após o trágico episódio, o jovem se suicidou. Na época do crime, a Justiça permitiu a quebra de sigilo eletrônico de Wellington, e foi provado que o atirador mantinha conversas em um programa de bate-papo, além de demonstrar obsessão por ataques terroristas e expor suas ideias em redes sociais. Este é mais um caso que serve de alerta quanto à relação dos psicopatas com a internet.

Os golpes amorosos são as principais práticas dos psicopatas na internet, já que podem ostentar um novo perfil sem que a pessoa do outro lado da tela saiba. Entre as razões para o crime estão a busca pelo dinheiro ou algum bem material. Na maioria dos casos, a vítima é uma pessoa carente e romântica, o que leva o psicopata a utilizar essa vulnerabilidade como forma de estratégia para obter o que deseja.

A ausência de culpa é uma das características do psicopata, comumente identificado como aquele que realiza seus golpes e nem ao menos considera os interesses alheios, agindo apenas em proveito próprio. Segundo o especialista, não existe comprovação científica da doença, mas acredita-se que a genética pode ser um agravante.

O diagnóstico é tardio, realizado apenas após os 18 anos, porém, alguns indícios ao longo da vida demonstram se o indivíduo apresenta propensão ao problema. Traços como agressividade, frieza, calculismo, falta de comprometimento e sedentarismo são alguns dos indícios observados entre os psicopatas. Geralmente, o transtorno de personalidade se inicia na infância e amadurece ao longo da vida.


O convívio familiar

Ainda que a psicopatia comece na vida infantil, a relação do sujeito com a família demanda atenção para toda a vida, considerando que no diagnóstico, o histórico familiar e escolar é avaliado e depoimentos de pessoas próximas auxiliam no processo de tratamento. “A confirmação da doença é minuciosa, pois exige vários passos para a ajuda profissional. Investigamos a relação da pessoa com a família, amigos, no ambiente escolar e profissional, além de buscar queixas policiais e envolvimentos em brigas”, revela o Dr. Helio.

Tão difícil quanto diagnosticar o quadro clínico, é o tratamento. Como cada pessoa apresenta um tipo de perfil, o acompanhamento é específico e realizado por uma equipe multidisciplinar formada, em suma, por psicólogos, terapeutas e psiquiatras. Nos casos mais graves, é necessária a internação em instituições especializadas com o objetivo de controlar a doença, visto que não tem cura.

Assim como no caso de Wellington, é possível examinar vestígios de postagens nas redes sociais que possam servir de alerta para possíveis ações criminosas. Entretanto, familiares e amigos podem, ao menos, tentar evitar que o plano se concretize. Observar o passo a passo do psicopata no mundo virtual é a principal maneira de perceber o que está errado com o sujeito e oferecer ajuda especializada.

Fonte: www.saudeempautaonline.com.br/

Brincadeiras de gosto duvidoso. Será que alguém gosta mesmo delas?

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Algumas são infalíveis. O garçom deixa cair a bandeja cheia de louças e copos e alguém grita: caiu um lenço! Outra eterna: é pavê ou é pra comer? As piadas de gosto duvidoso parecem não ter prazo de validade. Ninguém ri e, ainda assim, sempre são repetidas. Entre homens é muito comum que amigos se cumprimentem com alguma ofensa: “Como vai sua besta, comendo muita grama?” Ao que o amigo responderá com alguma pérola do gênero: “Só se grama for o nome da sua mãe”.  Eu prefiro dizer: “E aí tudo bem? Quanto tempo!” Dependendo do caso posso até dizer que estou com saudade. Aos olhos destes, sou chato. Ser ofensivo é que é divertido. Afeto expresso sem máscaras, entre homens, é tido como suspeito.

Lembro-me de ler, em algum lugar, que a cena do dono chegando em casa e sendo recepcionado pelo cachorro com rosnados e latidos, “fazendo de conta” que era uma briga, seria o símbolo máximo da cumplicidade. O cachorro rosna para o dono e ameaça lhe morder de brincadeira, o dono lhe dá uns tabefes, também de brincadeira, e os dois se abraçam ao final, cientes o tempo todo de que há um afeto sólido e de que a brincadeira de briga jamais será entendida com uma de fato. Como ninguém combinou isto com o cachorro, está clara para os dois a expressão do amor incondicional. Cães brincam de brigar com seus irmãos. É uma linguagem, portanto. Será que para os racionais também é?

Quando fazer-se de desagradável é sua forma de ser notado, algo vai mal. A brincadeira ofensiva, estúpida, desagradável não evidencia afeto nenhum. Duvido até que a brincadeira estúpida seja de fato brincadeira. Pra mim é só a inegável e pura estupidez. O amigo que faz a piada ofensiva, grosseira, não percebe o laço da amizade afrouxando-se silenciosa e irremediavelmente. Lembro-me de um caso em que um amigo, querendo levar o aniversariante par uma festa surpresa, notificou-o de que a mãe deste havia morrido em um acidente grave e que precisavam passar na casa dela para pegar documentos antes de ir ao IML. Aos prantos o amigo chegou na casa da mãe para a pior festa de sua vida. Junto ao pior amigo. Foi embora na hora, claro. Eu também iria.

O CÉREBRO ELETRÔNICO

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Quando o computador foi inventado, em 1946 – aliáseu também fui inventado em 46 - , pesava 14 toneladas. Imagine otamanho. E não se chamava computador. O nome da engenhoca era “cérebro eletrônico”. Era um invento assustador. Ficava dentro de uma espécie de armazémtinha rolos de fitas imensos, fazia um barulho danado. Parecia um monstro.Mas os inventores foram logo acalmando as pessoas (a guerra havia acabado há um ano): “até o final do século, teremoscomputadores que pesarão apenas uma tonelada”.
Pois o século terminou e hoje ele pesa três quilinhos. E passou a se chamar “micro”. E continua emagrecendo. E, aocontrário do que previa o Gilberto Gil em 69, na música “Cérebro Eletrônico”, ele  falaNão  fala como às vezes duvida de você e – acintosamente – pergunta: “você tem certeza que quer fazer isso ou aquilo?”
Uns vinte anos depois pelos anos 60, na África do Sulum tal de doutor Barnard fez o primeiro transplante de coração. Tirou de um sujeito e colocou em outro. O cara não viveu muito temponãoMas a coisa foi evoluindo e hojequalquerclínica ali na esquina, tá fazendo transplante baratinho, baratinho. Transplantam tudo hoje em diaMenos a inteligência e aalma (se é que existe mesmo). A miss Brasil do ano passado tinha feito 19 operações plásticasAssimaté euminhasenhora. E agora começaram a transplantar com órgãos artificiais. “Matéria plásticaque coisa elásticaque coisa drástica”,como  reclamavam o Ari Toledo e o Carlinhos Lyra nos mesmo anos 60, numa música chamada Subdesenvolvido.
você deve estar perguntando: onde é que este cara quer chegar?
Quero chegar no chipQuesegundo o Houaiss, é uma “pequena lâmina miniaturizada (em geral de silício), usada naconstrução de transistoresdíodos ou outros semicondutorescapaz de realizar diversas funções mais ou menoscomplexas”.  Estão colocando chips dentro do nosso corpoOu seja, pedaços de computadoresnacos de cérebroseletrônicos.
Ou seja, talvez até o final deste século (ou menosmuito menos) a gente não vai mais precisar dos computadoresNósvamos ser um computador ambulante. Será que seremos todos brancos ou existirão ainda os negros, os amarelos e osvermelhos? Será que ainda vamos estar com mania de querermos ser computadores do primeiro mundo? Os americanosterão mais bits que os sul-americanos? O homem-computador do Iraque será desligado das tomadas e das pilhas? Abateria vai acabar ou seremos, finalmenteimortais?
Tudo isto me veio a cabeça ao ver a foto do presidente ( do PSDB) José Serra na capa da última Época. A impressão quesua expressão me passou é que o cérebro dele tá com algum chip americano. Está um homem frio, gelado. Parece nãoter mais almaaliTalvez isto explique o fato dele sair do ostracismo para ter como única meta na vida aporrinhar o Lula.Eu não consigo entenderTanto o partido dele quanto o do nosso presidente lutaram juntos (com mortesexílios e coisaspiores), antes mesmo de serem partidospara derrubar a ditadura. Será que não era o momento de se unirem agora paracriarmos um Brasil  nossoum Brasil com alma humanacom um olhar mais simpático?
Tira o chip que te colocaram na cabeçapresidente Serra. Pense com a almacom o coração. Seja brasileiro, vá jogarfutebol no domingo e fazer churrascoEsse negócio de cérebro eletrônico é coisa de americano. É coisa do Bush quealiás,nem cérebro tem. Ou do Clinton, que tinha um chip no pau. Os inimigos ainda são eles. E não nós. 

Crônica de Mario Prata

Viver

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Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere... Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde: - Prazer faz muito bem. - Dormir me deixa 0 KM. - Ler um bom livro faz-me sentir nova em folha....


Carlos Drummond de Andrade

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(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)

Boa tarde

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Receita de mulher

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As muito feias que me perdoem 
Mas beleza é fundamental. É preciso 
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso 
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture 
Em tudo isso (ou então 
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa). 
Não há meio-termo possível. É preciso 
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito 
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto 
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora. 
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche 
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso 
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas 
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços 
Alguma coisa além da carne: que se os toque 
Como o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos 
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro 
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e 
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem 
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então 
Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma boca 
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência. 
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos 
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicas 
No enlaçar de uma cintura semovente. 
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras 
É como um rio sem pontes. Indispensável 
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida 
A mulher se alteia em cálice, e que seus seios 
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca 
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas. 
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebal 
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal! 
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas 
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem 
No entanto sensível à carícia em sentido contrário. 
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio 
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!) 
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos 
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão 
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre 
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos 
Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face 
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior 
A 37º centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras 
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes 
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; e 
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão 
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta 
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros. 
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se se fechar os olhos 
Ao abri-los ela não mais estará presente 
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá 
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber 
O fel da dúvida. Oh, sobretudo 
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo 
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade 
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma 
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre 
O impossível perfume; e destile sempre 
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto 
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina 
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição 
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.



Vinicius de Moraes

Apesar de viverem infelizes em relacionamentos problemáticos, muitas pessoas têm medo de partir para uma mudança.

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É que se acostumaram à situação em que se encontram e sair dela significa romper com a zona de conforto.

Seguir o velho ditado “ruim com ele(a), pior sem ele(a) é pior. Esse pensamento alimenta a crença de que não se é capaz de reestruturar a própria vida.

Quem se acostuma à infelicidade está abrindo mão da possibilidade de, no futuro, encontrar um novo amor com que poderá viver um relacionamento pleno.

Se você não tiver a coragem de mudar o que não está funcionando na sua vida, não poderá esperar que algo mude.

Fim de relacionamento.

Em muitos casos, quando a dificuldade emocional é muito forte, ou os conflitos se encaminham para a agressão física, ou o abuso emocional, é aconselhável procurar ajuda de um terapeuta de casal. Esse profissional pode facilitar o processo de colocar um ponto final na relação.

Também existem livros que podem ser de grande valor nessa hora. Logo estarei lançando o meu e conto om a presença d todos...

É comum a relação acabar e os parceiros se recusarem a perceber o que acontece. Uma das causas desse comportamento de avestruz é o medo da solidão.

Não adianta fingir porque, cedo ou tarde, a realidade se impõe.

É hora de reavaliar a vida amorosa se...
 

...a  idéia de separar-se vem constantemente à sua cabeça, mesmo quando está ocupado com outra coisa.

... sua saúde apresenta problemas aparentemente sem causas definidas, como, por exemplo, distúrbios digestivos, dores de cabeça, cansaço crônico, insônia, etc...

...você se sente deprimido e sem ânimo para fazer as atividades do dia-a-dia.

...tudo o que seu parceiro faz desagrada. Vice- versa. Seu comportamento costuma provocar rancor e reações negativas no outro.
...vocês brigam sempre a respeito das mesmas coisas.
...você está tendo um caso, ou suspeita que ele esteja tendo um.
... você tem certeza de que quer separar-se, mas sempre muda de opinião na última hora.


A tensão pode fazer parte do cotidiano e, ainda que não haja tristeza, a falta de alegria também é um sinal importante de que a vida a dois não vai lá muito bem.

Claro que nenhum casal, por mais saudável que seja, vive sempre às mil maravilhas. A vida, afinal, tem momentos difíceis, que se refletem até no mais feliz dos relacionamentos.

Mas se você tem pensado com freqüência em como seria a vida sem esta relação, talvez seja uma boa idéia levar a reflexão mais a sério.

Para avaliar a qualidade do relacionamento, verifique se ele é uma porta aberta para o seu crescimento pessoal e o do seu parceiro(a).

Se um dos dois se sente oprimido ou sem energia para se dedicar à vida em comum... se o ressentimento  está contaminando o cotidiano... se ele começa a ser visto como um adversário, alguém que se posiciona contra suas realizações individuais... se estão emocionalmente distantes... está na hora de repensar o que você deseja para sua vida.
 


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